quinta-feira, 2 de junho de 2011

Fichamento

Ficha de citação
Artigo 7

Candida albicans isoladas da cavidade bucal de crianças com síndrome de Down: ocorrência e inibição do crescimento por Streptomyces sp

José Daniel Gonçalves Vieira1, Evandro Leão Ribeiro1, Cerise de Castro Campos2, Fabiana Cristina Pimenta1, Orlando Ayrton de Toledo2, Gustavo Morais Nagato3, Niwmar Alves de Souza3, Wesley Magno Ferreira4, Cléver Gomes Cardoso5, Sueli Meira da Silva Dias6, César Aparício de Araújo Júnior7, Daniel Teles Zatta7 e Juliana de Sousa dos Santos. Candida albicans isolated from buccal cavity of children with Down’s syndrome: occurrence and growth inhibition by Streptomyces sp. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 38(5):383-386, set-out, 2005



As leveduras do gênero Candida são microrganismos integrantes da microbiota bucal do homem desde o nascimento2. Esta condição microbiológica propicia comumente uma relação de equilíbrio entre parasita-hospedeiro, diante da manutenção da integridade das barreiras teciduais, relação harmônica da microbiota autóctone e funcionamento adequado do sistema imunológico humano, havendo em contrapartida por parte do fungo leveduriforme, permanência equilibrada da capacidade de aderência e da produção de enzimas e toxinas.” (p.384)

“Nas crianças com síndrome de Down, além das alterações anátomo-fisiológicas bucais, macroglossia, estagnação salivar decorrente de incompetência muscular da boca, dificuldade motora, constantes doenças respiratórias e comprometimento simultâneo da resposta imunológica inata e adquirida fazem com que estes fatores adicionais, as tornem mais suscetíveis a processos infecciosos, inclusive fúngicos, onde as espécies de Candida são os agentes etiológicos mais preponderantes4 7 17 18 20. Este sítio bucal altamente povoado por cepas de Candida faz também com que as crianças detentoras desta alteração cromossômica possuam o biofilme dentário com uma interferência fúngica maior, fazendo com que haja uma ação direta ou coadjuvante na ocorrência da cárie dentária, gengivite e periodontite, quando os estreptococos do grupo mutans atuam como agentes principais.”(p.394)

“Candidíase pseudomembranosa é o quadro clínico fúngico mais detectável em crianças com esta cromossomopatia3 4 7 10. Todavia, cerca de 20 a 55% da população assindrômica podem apresentar isolados de Candida como leveduras participantes da mucosa bucal do homem.” (p.384)

 “Os antibióticos são exemplos de metabólitos secundários produzidos por certos microrganismos que possuem a capacidade de inibir o crescimento de seres microbiológicos, quando utilizados em baixas concentrações.” (p.384)

“O isolamento de novos actinomicetos, principalmente Streptomyces, com atividade antifúngica tem sido apontado com grande entusiasmo no descobrimento de novos agentes antifúngicos com potencial de emprego terapêutico” (p.384)

 “A síndrome de Down é decorrente da trissomia do cromossomo 21 do cariótipo humano, a qual pode ser provocada por não-disjunção, translocação ou ainda mosaicismo20. Esta cromossomopatia induz alterações bucais que afetam estruturas ósseas, como os dentes, língua gengiva e mucosa. Deste modo, a capacidade de colonização e/ou patogenicidade das cepas de Candida pode ser favorecida pela protusão da língua, respiração bucal, irritação da mucosa com fissuras linguais e nos cantos labiais, problemas respiratórios e higiene bucal deficiente.” (p.385)

“Os actinomicetos, especialmente os Streptomyces, têm sido descritos como as maiores fontes de antibióticos desde que Waksman os introduziu num programa sistemático de seleção de novos antibióticos a partir de 1940.” (p.386)

“A inibição de cepas de C. albicans, procedentes da cavidade bucal de crianças com síndrome de Down, pelos isolados de Streptomyces sp. testados, tem sugerido que novas condutas terapêuticas para o tratamento de candidíase bucal com recidivas frequentes apresente-se viável no futuro próximo” (p.386)

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